Conselhos para Jovens Treinadores

Por Michael Boyle

Original Disponível em: https://www.strengthcoach.com/public/Advice-for-Young-Coaches.cfm

Tradução Livre: Sidiclei Souza

Já escrevi diversos artigos sobre o treinamento de atletas durante a temporada. Há uma página inteira deles no site Strengthcoach.com.

Outro dia recebi uma ótima pergunta de um jovem treinador. Ele tinha acabado de começar em um novo emprego na liga de beisebol, e no meio da temporada.

Ele perguntou: “do que eu nunca devo me esquecer?”.

Aqui está meu conselho:

- Entenda que está no meio da temporada. Treinar nesse período é como ir ao dentista (leia o artigo O Dentista e o Vendedor de Sorvetes). Os caras não querem estar ali. Muitos deles nunca fizeram nenhum treinamento durante uma temporada esportiva.

- Todos os jogadores se tornaram profissionais sem a sua ajuda. Respeite esse fato. Tente entender onde eles se encontram enquanto mantém o trabalho que está sendo realizado. Se alguns forem relutantes ao treino com pesos, faça trabalho com peso corporal como o One Leg Squat e o Skater Squat. O melhor jeito de lidar com essa situação é sendo sutil. Comece sem pesos e adicione implementos como coletes de peso e correntes ao longo do tempo.

- Entenda que o talento e a ética de treinamento, geralmente são inversamente proporcionais nas equipes esportivas. Seus melhores jogadores talvez tenham os piores hábitos de treinamento. Novamente, entenda o nível em que se encontram. Aja como treinador se necessário, mas tente uma abordagem mais pessoal no início.

- Torne o aquecimento obrigatório. Não consigo acreditar que algumas equipes profissionais não tenham uma rotina de preparação do movimento. Jogar futebol com seus atletas não é aquecimento. Isso é uma prática de jovens estudantes. Eu realmente odeio isso, pois, tenho ouvido estórias sobre atletas que ficaram fora de jogos devido a estiramentos ocorridos durante aquecimentos vigorosos jogando futebol (obviamente isso não se aplica aos profissionais de futebol).

Sugestões Para o Aquecimento

Todos devem fazer o “rolinho”. Isso significa realmente trabalhar nas áreas doloridas, e não simplesmente sentar no rolinho e ficar conversando. Sempre digo “é para rolar, não sentar”.

Todos devem alongar. Devemos garantir que o atleta alongue os rotadores, flexores e adutores do quadril, e os posteriores de coxa. Você pode fazer outros alongamentos, mas assegure-se de abordar essas áreas.

Todos devem fazer aquecimento dinâmico, com progressão de velocidade. Isso significa iniciar com movimentos como o walking knee hug, walking leg cradle, heel to butt e as progressões de skips, shuffles, e cariocas.

Lembre-se, também, de estabelecer conexões! Isso é fácil, mas requer algum trabalho. Quando fui trabalhar para o Red Sox toda manhã dispunha 15 minutos para ler as informações sobre a equipe. Eu li a respeito de todos os jogadores e membros da equipe técnica. Eu sabia de onde vinha cada um e tudo mais que pudesse aprender. Se eram casados ou solteiros. Se tinham filhos. Se vieram da faculdade ou diretamente do ensino médio. Tantos detalhes para absorver que pudessem criar algum ponto de conexão entre nós. Sempre me conectei aos mais jovens por meio da música. Alguns caras nasceram nos anos 70 ou 80 e eu sabia que seus pais eram da minha idade. Sempre conversávamos sobre carros ou viagens ouvindo músicas que seus pais gostavam. O sucesso está ligado às conexões e relacionamentos. Atletas profissionais têm opções. Lembre-se disso.

Espero que isso possa ajudar tanto jovens quanto antigos treinadores.