top of page

Não É o Programa, É o Treinador

Por Michael Boyle 

Tradução Livre: Bárbara Silva e Sidiclei Souza


Sam Dadd, um dos treinadores mais antigos da Mike Boyle Strength and Conditioning (MBSC), pensou que o conceito de Programar versus o Modo como Ensinamos/Treinamos daria um ótimo artigo. A discussão começou, assim como muitas outras, com uma pergunta em nossa reunião de equipe: 


“Porque um assistente vai para uma nova equipe, estabelece o mesmo programa de treinos utilizado no emprego anterior, e ainda assim falha em obter resultados semelhantes?” 

Quando um Head Coach de força sai da equipe, e o assistente assume o posto, porque os resultados não são os mesmos? 


A resposta óbvia seria o talento; entretanto, isso é uma simplificação excessiva. Minha resposta para a pergunta foi simples e direta: 

Não é o programa. É o treinador. 


No mundo do futebol, o lendário treinador Bum Phillips descreveu o treinamento de outra lenda, Paul Bear Bryant, dessa forma, “Ele pode pegar o (time) dele e vencer o seu, e pegar o seu (time) e vencer o dele”. Em outras palavras, se você e Bryant trocassem de time, em um ano ele te venceria com sua antiga equipe. 


A combinação de um bom treinador com um programa medíocre é muito melhor que a combinação de um ótimo programa com um treinador medíocre. 


Um programa é um pedaço de papel ou um arquivo em um computador. 

Os programas não podem motivar ou criar comprometimento. 

Um pedaço de papel não consegue decifrar o que há dentro de uma pessoa, e entender como revelar isso. 

Um grande treinador pode fazer tudo isso. 


Um ótimo treinador vai ensinar, motivar e criar um sistema de responsabilização e comprometimento. O treinador irá entender o que motiva cada pessoa, e usará esse conhecimento para chegar aos resultados. Tenho dito a anos que todos os nossos programas são iguais. 


Nossa filosofia básica nunca mudou. Você quer ficar rápido - faça sprints. Quer ficar forte - treine com pesos. 


A diferença está em como você vende. A diferença está em saber o que motiva cada atleta. 

Outro treinador lendário, o falecido Tom Martinez, descreveu descreveu isso da seguinte forma no livro Outliers: “Todo jovem é um misto de merda e de sorvete. Se o jovem recebeu muita merda, eu misturo um pouco de sorvete na vida dele. Se ele recebeu muito sorvete, eu misturo alguma merda”.


Martinez sabia que existe uma chave diferente para cada fechadura. Parafraseando Dan John, “a chave é encontrar a chave”. 


A conclusão é que há uma razão pela qual os treinadores de força e condicionamento Mike Woicek, Al Miller, Rusty Jones e Johnny Parker tiveram uma equipe em todo Superbowl por um período de 15 anos. Eles eram grandes treinadores que extraíam o melhor de seus jogadores. 


Há uma razão para que o treinador Phil Jackson tenha sido bem sucedido em circunstâncias tão distintas quando treinou as equipes de Chicago e de Los Angeles: O Treinador É Importante. 


Treinadores mudam vidas; programas não. As pessoas sempre serão mais importantes que o papel.




 
 
 

Comments


©2019 by Centro de Treinamento entre Amigos - CTA. Proudly created with Wix.com

bottom of page