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Domine Sua Dor Nas Costas - Toda Dor nas Costas tem Uma Causa

Por Stuart McGill - 15 de Setembro de 2018

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Toda dor nas costas tem um causa - entender isso é a chave para eliminar a dor. Uma avaliação apropriada revela os movimentos, posturas e cargas que causam dores, versus aquelas que não causam.


Essa abordagem é baseada em evidências obtidas após 32 anos de investigações laboratoriais e clínicas. O primeiro objetivo é interromper a causa da dor para permitir a diminuição da sensibilidade - tipicamente, isso é simplesmente uma preocupação em se fazer movimentos diferentes, juntamente com a execução das atividades corretas. O segundo objetivo é criar uma fundação para a realização de atividades livres de dor, guiados pelo entendimento do histórico de lesões e de dores e, os e impedimentos que frustraram tentativas de recuperação. O terceiro objetivo é estabelecer metas para o treinamento e montar o melhor programa para atingi-las. Muitos pacientes com dores nas costas geralmente recebem o diagnóstico genérico: “Você possui uma dor nas costas não específica”. Obviamente, esses pacientes não foram analisados por um especialista de verdade. A habilidade de avaliação das dores lombares está ausente entre muitos médicos. Alguma vez você já ouviu falar em uma dor nas pernas “não específica”? Nunca! Um especialista em pernas vai avaliar tanto a perna, quanto o paciente por inteiro, para determinar o mecanismo da dor, e então recomendar as estratégias de recuperação apropriadas. Tipicamente, aqueles “especialistas em dores nas costas” não passam mais de 10 a 15 minutos com os pacientes. Ao contrário, um respeitável/certificado especialista em dores nas costas vai guiar o paciente pelas avaliações, demonstrando movimentos específicos, posturas e cargas que podem agir como gatilhos de dor.


Um bom especialista em coluna vai fazer perguntas muito específicas, em que as repostas ajudem a interpretar os gatilhos para aprimorar um mecanismo específico de dor.


Uma vez que os gatilhos estejam claros, o objetivo é evitá-los. Adaptando um novo jeito de sentar, amarrar os sapatos, dormir, escovar os dentes, pegar os filhos no colo, andar, etc.


Quase todas as dores nas costas podem ser controladas e alteradas.


Uma característica curiosa da maioria das dores nas costas é que a pessoa não constrói uma resistência a essa dor - quanto mais dor, mais sensibilidade a ela. Alguns profissionais escolhem simplesmente dizer para seus pacientes aprenderem a “conviver com a dor”, e que a “dor não é igual a dano ou aumento de dano tecidual”. Eles estão muito errados. É provável que eles estejam citando estudos com roedores. Ao contrário de uma lesão (uma perna quebrada por exemplo), alguns mecanismos de dores lombares estão associados com mudanças nos discos intervertebrais. Consequentemente, os mecanismos das articulações mudam, colocando mais carga sobre as facetas articulares (e sobre os nervos em alguns casos). Mudanças como essas alteram o compartilhamento das cargas entre as estruturas das articulações; e pode levar anos para as articulações se adaptarem.


A boa notícia é que uma vez que se entendam esses mecanismos, a dor e as mudanças mecânicas podem ser acomodadas para criar adaptações nos tecidos, que levem à diminuição dessa dor. Negligenciar esses mecanismos pode levar a adaptações contraproducentes para a redução da dor. Os discos intervertebrais não são articulações tipo bola e soquete como a do quadril; eles se enquadram na categoria de tecido adaptável. Atividades apropriadas fixam os discos; de modo contrário, alongá-los sempre reduz sua tolerância às cargas.


As leis que governam a função ideal da coluna e sua resiliência são únicas. O segredo que escapa a muitos é encontrar os exercícios certos, feitos com a dosagem correta. Os exercícios são classificados pelo tipo de estresse que eles impõem. O corpo se adapta aos estresses. Exercício incorreto é igual a mais dor. Correlacione o estresse com a tolerância e com o mecanismos específico de dor, para estabelecer uma fundação para o movimento livre de dor e uma maior consciência do seu corpo.

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Teste sua Postura

- Sente-se em um banco com a coluna ereta e segure o assento com as duas mãos, puxando-se contra o banco para comprimir sua coluna, com uma carga de aproximadamente 10 kg. Você não deve sentir dor.


- Agora, relaxe a postura e repita a compressão.


- Se você sentir alguma dor familiar, simplesmente identificou que essa flexão para frente é um gatilho de dor.


- Depois, incline-se para trás e repita a compressão para explorar se essa extensão é um gatilho de dor.

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