Conversas Com Treinadores Universitários - Não Seja um Criador de Cultura Negativa
- Sidiclei Souza
- 6 de jun. de 2022
- 3 min de leitura
Por Michael Boyle - 03 de junho de 2022
Original disponível em: https://www.strengthcoach.com/public/Conversations-with-College-Head-Coaches-Dont-Be-a-Negative-Culture-Creator.cfm
Tradução livre: Sidiclei Souza e Bárbara Silva

Tenho sido sortudo o suficiente para, nas últimas semanas, ter tido algumas ótimas conversas com alguns dos head coaches dos mais bem sucedidos no país. O início das conversas sempre parece se focar nos tópicos “séries e repetições”, mas, eu rapidamente mudo a direção do assunto para tratarmos o “como” versus o “o que”. “Como” você conduz o treino dos seus atletas fora de temporada é muito mais importante que “o que” você está fazendo. Não me entenda mal, o que você faz é importante, mas o “como” é onde criamos uma cultura e construímos grandes programas.
O maior argumento que tento apresentar é que o compliance e a responsabilização são os pontos mais importantes. Um programa de verão ou de pré-temporada sem responsabilização pode, na verdade, ser um gerador de cultura negativa. Você pode perguntar “o que é um gerador de cultura negativa?”. É algo que guia sua equipe na direção errada. Se os jogadores retornarem à temporada mais fracos, ou se falharem no teste físico inicial, deve haver consequências. Se não houver, então, não há responsabilização e a cultura do time está na direção errada.
E ainda pior, se os jogadores que falharam na preparação forem recompensados sendo escalados como titulares, a mensagem entendida é que a pré temporada é apenas protocolar, e que o talento dos jogadores é tudo o que importa. Você deve ser rígido com os jovens que não fazem sua parte. Equipes de primavera como as de lacrosse, softbol e beisebol têm uma vantagem, pois você tem o inverno para preparar aqueles que não fizeram seu trabalho antes da temporada oficial.
É importante lembrar a si mesmo que atletas universitários são adeptos da “lei do menor esforço”. Tenho repetido insistentemente que como preparadores físicos devemos lutar contra a natureza humana.
O segredo do sucesso com jovens universitários (ou de equipes de base) é não lhes dar escolhas. Apenas diga “é isso que vocês deverão fazer”. Os atletas precisam entender que os testes de padrões básicos não são negociáveis e que não existem titulares absolutos.
Para que seu programa fora de temporada seja bem sucedido, a primeira coisa que você precisa descobrir é onde os jogadores pretendem treinar fora da equipe. “Vou correr na praia”, ou “vou treinar na minha garagem”, geralmente não são bons planos (apesar de no último verão eu ter visto algumas home gyms incríveis). O ideal é encorajar os jovens que puderem bancar a treinarem em alguma academia com boa reputação para se prepararem.
Observação: Se os jogadores frequentarem uma boa academia, tudo bem se eles seguirem o programa deles. Apenas assegure-se de que os jovens tenham entendido o que se espera deles no teste físico inicial que será realizado no início da temporada.
Se você é o técnico do time, lembre-se que você é um criador de cultura e que o sucesso está na execução do programa pelos atletas. A responsabilização não deve vir do seu preparador físico, mas de você. Pense nos padrões básicos. Não é suficiente enviar programas para os atletas executarem, é importante onde eles irão treinar, quando planejam executar o programa e, mais importante, se eles pretendem executar o programa. Falhar no planejamento é planejar o fracasso. Se você se decepcionar com os resultados, a falha é tanto sua quanto dos atletas. Pergunte-se, “eu defini apropriadamente as expectativas?”.
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